Dia Mundial do AVC (29 Outubro)

Hoje, dia 29 de Outubro de 2016, comemora-se o DIA MUNDIAL DO AVC e o LabFala tem orgulho por poder contribuir para a consciencialização daquela que é, atualmente, a primeira causa de Mortalidade e Incapacidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Acidente Vascular Cerebral (AVC) como uma síndrome clínica de origem vascular, caracterizada pelo rápido desenvolvimento de sinais focais (por vezes, globais) de afeção neurológica, que duram mais de 24 horas ou que são fatais. Há uma interrupção súbita no fornecimento de sangue (e oxigénio) a uma determinada área do cérebro, seja ela devido ao bloqueio efetuado por um coágulo numa artéria cerebral – isquemia – ou ao derrame sanguíneo pós-rebentamento de um vaso – hemorragia. Esta perda pode ter repercussões significativas na funcionalidade diária do indivíduo, indispensável para o seu bem-estar fisiológico, psicoemocional e social. Disfagia (dificuldades na mastigação/deglutição), afasia (défice na compreensão/expressão da linguagem oral/escrita), apraxia da fala (desprogramação sensoriomotora) e disartria (comprometimento muscular da fala) são alguns dos diagnósticos que podem decorrer de um AVC.

Um prognóstico é tão mais favorável quanto mais precoce for o reconhecimento e a intervenção médico terapêutica de uma equipa, que se espera, interdisciplinar. Alcançar a excelência na devolução parcial ou total do prazer de viver a estes pacientes torna-se possível quando existe dedicação e empenho por parte de todos os intervenientes neste processo, entre os quais o terapeuta da fala. É a este profissional que compete avaliar, intervir, modificar, fornecer estratégias e/ou implementar no que diz respeito às áreas da fala, linguagem, motricidade orofacial e deglutição, colaborando sempre com a família e com os restantes profissionais que seguem o paciente.

Deve procurar um terapeuta da fala quando se verificar:

* Dificuldades na nomeação de objetos, alimentos, lugares, pessoas, etc.;
* Discurso fluente mas sem sentido;
* Alterações na compreensão do que é dito/escrito;
* Dificuldade/incapacidade para expressar-se oralmente/por escrito;
* Alterações no volume (reduzido) e ritmo (lento) de fala;
* Dificuldade em mover a língua e/ou músculos faciais;
* Esforço e procura dos movimentos certos para articular as palavras;
* Dificuldade de mastigação ou ausência de resposta para o alimento na boca;
* Regurgitação nasal de alimentos, escape de alimentos e/ou saliva pela boca;
* Pigarros, tosse e/ou engasgos durante as refeições.

Fontes: Associação AVC (2009), ASHA (2016), ScienceDaily (2016), AHNSH (2016).avc__man