Dia Internacional da Síndrome de Asperger ( 18 fevereiro )
A Síndrome de Asperger é uma perturbação neurocomportamental de base genética, que pensa-se que inclua um conjunto de fatores neurobiológicos que afetam o funcionamento cerebral. Apesar dos inúmeros estudos científicos realizados até à data, as suas causas não são ainda totalmente compreendidas. Não existe um marcador biológico específico, pelo que o diagnóstico baseia-se num conjunto de critérios comportamentais clinicamente observáveis. Segundo dados da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger, que remetem ao ano de 2016, em Portugal existem aproximadamente 40.000 pessoas com Síndrome de Asperger. É assim fulcral a sensibilização da população para esta doença, assim como a integração de pessoas com Síndrome de Asperger na sociedade, pelo que ao dia 18 de fevereiro, assinala-se o Dia Internacional da Síndrome de Asperger.
Esta síndrome está enquadrada nas Perturbações do Espetro do Autismo (PEA), manifestando-se por alterações sobretudo na interacção social, na comunicação verbal e não-verbal, na gestão de comportamentos e interesses específicos. Além de outras características comuns nesta população, muitas vezes são evidentes dificuldades na compreensão de linguagem complexa e no pensamento abstrato, com a realização de interpretações literais, e peculiaridades do discurso e no uso da linguagem. No entanto, a sua manifestação clínica varia de indivíduo para indivíduo, mas também ao longo do seu ciclo de vida. Tal como em todas as outras perturbações neurocomportamentais, a intervenção precoce, realizada diretamente sobre as áreas especificas nas quais são apresentadas maiores dificuldades, irá muitas vezes possibilitar ultrapassá-las e potenciar, ao máximo, as suas competências, que, frequentemente, revelam-se surpreendentes. Assim, a intervenção multidisciplinar junto desta população é essencial, tendo o Terapeuta da Fala um papel fundamental, podendo estimular a comunicação, verbal e não-verbal, e, consequentemente, as melhorar as aptidões sociais e qualidade de vida destas pessoas.
Fontes: Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), Federação Portuguesa de Austimo (FPDE), American Speech-Language-Hearing Association (ASHA) e American Psychiatric Association (APA)
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